...contariam, de certeza, muitas histórias.
Mas como não falam, e não queremos que a memória da nossa Escola se perca, criamos este local onde todos são bem-vindos.
Esperamos que todos os que por aqui passaram (alunos, professores e funcionários) deixem qualquer coisa que nos ajude a construir esta memória e a manter a alma desta casa.
Área de Projecto 12º5 

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8.5.09

Testemunho de Angelo Ochoa

Guardo a melhor das saudades do grande homem Feliciano Ramos, o autor da história da literatura portuguesa adoptada então no ensino e de uma notável selecta de parceria, salvo erro, com José Tavares que adjuvava nossos estudos... Lembro a abertura do mestre que, quando lhe disse estudar também por Aubrey Bell, um notável lusófono inglês, não poupou rasgado elogio, e ele conhecia do que tratava... Muitas historias faziam suas lições: não esqueço a da localizaçao de San Simon de Vale de Prados, de uma cantiga de amigo, e a de o suicidio de Trindade Coelho com a imitaçao de Cristo de Kempis(?) aberta ante seus olhos moribundos e uma ida a São Miguel de Seide onde conheci o Camilo Castelo Branco, poeta que eu li a escolha dele emocionadamente e a que ele sublinhou também a emoção também sua! Mais Manuel Faria de quem posteriormente achei familiares por Setúbal foi um iniciador de meu gosto de melomano e nao esqueço a sinfonia fantástica comentada por Manuel Faria que não fossem as carbonarias capelinhas seria hoje e bem mereceriria reconhecido como o maior musico português do passado século... mas basta para o estigmatizarem ter escrito a música do avé de Fátima... Eramos jovens e tinhamos amigos e professores também amigos, uma senhora de História que sabia de cor os mais belos sonetos de Antero e no-los dizia, um professor de arte que era uma liçao viva, salvo erro o Flórido Vasconcelos... e havia na cidade os grupos de poetas ... o «louco» César Principe o Altino Martins da Costa das "Sardinhas e lua", empregado da Biblioteca Municipal, o futuro autor de "Os putos" e outros, muitos, como Vitor Sá, pai da livraria de seu nome que nos vendia os Antonio Sérgios proibidos da censura e da pide. Escrevíamos, discutíamos e publicávamos uns primeiros devaneios... E os passeios de eléctrico ate ao Bom Jesus, eram 25 tostoes o bilhete de ida e volta. Lá achei muita vez Felliciano Ramos, que ia de táxi e se queixava de se lhe ancilosarem os joelhos e as pernas..

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Agradecimentos

Muitas pessoas nos ajudaram neste projecto. Os nossos agradecimentos para:
Dr Alberto Ferreira
Padre António Rodrigues
Arq Bernardo Távora
Drª Eulália Lima
Drª Fátima Costa
Drª Fátima Martins
Dr Joaquim Loureiro de Amorim
Dr Luís Cristóvam
Eng. Mário Palmeira
Dr Raul Rodrigues
e às funcionárias D. Palmira, D.Cristina,D. Luzia e Ana, e ao Sr. Luis, que nos entregavam os computadores e que nos ouviam as reclamações quando eles não funcionavam
e à D. São que nos arranjou sempre uma sala quando ficávamos sem local para trabalhar.
À Rita (funcionária do CE) que nos recebeu e nos ajudou sempre que necessitamos.

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