...contariam, de certeza, muitas histórias.
Mas como não falam, e não queremos que a memória da nossa Escola se perca, criamos este local onde todos são bem-vindos.
Esperamos que todos os que por aqui passaram (alunos, professores e funcionários) deixem qualquer coisa que nos ajude a construir esta memória e a manter a alma desta casa.
Área de Projecto 12º5 

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29.5.09

Uma opinião tão pessoal…

26-05-2009

Às vezes perguntam-me: o que achaste da Escola Secundária Sá de Miranda? O que mais te marcou? É tão difícil responder, porque cada momento foi diferente pois marcou-me de uma forma tão especial.
Quando terminei o ensino básico tinha grande média e queria ir para a Escola Secundária Carlos Amarante porque tinha boas referências, mas por causa da residência fui colocada no Sá de Miranda e não sabia o que ia encontrar. Mas depois descobri…
Descobri que existem professores muito bem qualificados para ensinarem e que contribuíram para a minha aprendizagem e acima de tudo, acima do papel de professores, são pessoas fantásticas onde podemos encontrar amizade e compreensão. Gostei muito dos funcionários que nos ajudavam e eram muito simpáticos e os alunos portavam-se dentro da normalidade e eram muito unidos pois via-se a interacção entre turmas diferentes.
Relativamente às instalações, muitas pessoas criticavam e não gostavam porque diziam que estava tudo a cair e que não havia condições, mas a verdade é que não eram as condições que iam por em causa a qualidade da escola, porque a escola era a escola ideal, era e é!
Outra parte fenomenal que encontrei e que hoje em dia encontro, é que estabeleci uma ligação com algumas pessoas da escola e com a própria escola, para sempre.
Não quero que a minha opinião influencie alguém porque a minha opinião é tão pessoal, e se alguém quiser passar momentos fantásticos como eu passei, que experimente!

Obrigada pelos três anos fantásticos…

Filipa Gomes (ex-aluna do Sá de Miranda)

8.5.09

Festival LSM 2007

Obras (Janeiro)












Diplomas de mérito do Colégio Espírito Santo ( antes de 1910)





Quem somos?


O nosso grupo, formado pelos alunos Ana, Mara e Nelson, esteve ao longo do ano lectivo encarregue de descobrir se a nossa escola havia servido de hospital na altura da Gripe Pneumónica, em 1918.
Para tal, fomos planeando ao longo das aulas, formas de poder desenvolver o nosso tema.
A informação recolhida foi o resultado das mais diversas pesquisas que realizámos. De entre elas podem destacar-se, a consulta aos jornais da época na Biblioteca Municipal, o envio de cartas e emails, bem como o contacto com pessoas possuídoras de algum conhecimento sobre o referido surto, a pesquisa na Internet, no Registo Civil e nas Igrejas, tendo estes dois últimos a finalidade de serem realizadas estatísticas relativas aos óbitos decorridos em 1918.
O desenvolvimento do nosso projecto foi bastante enriquecedor e no resultado final está a resposta à questão referida inicialmente : “a escola foi hospital? Mito ou realidade?”.

Atlas des Plantes de France


Testemunho de Maria Elisa Marques

Recordando...


Meus queridos:


Dou-vos os parabéns pelo tema escolhido para o vosso trabalho. Como diz o povo, tendes pano para mangas.

OH...se essas paredes falassem! Que diriam? Tanto viram, tanto ouviram...tanta coisa me vem á mente!

Frequentei o liceu Sá de Miranda entre 1955-1962. Ainda criança, pela mão de meu pai,entrei pela primeira vez nessa casa para fazer o meu exame de admissão. Senti-me num casarão desconfortável e só, no meio da multidão.

Mas adorei a minha turma do 1º ano e ainda hoje nos juntamos duas vezes por ano para matar saudades e recordar os nossos bons tempos de estudantes.

Como tudo era diferente! Havia pelos professores muito respeito mas, por vezes, mesmo medo. Trabalhava-se muito, estudava-se muito para se conseguir uma notinha menos ma. Os professores eram exigentes e não davam notas altas. Sabe Deus o que custava com alguns tirar um dez. Recordo com certa emoção a primeira professora de francês, a D. Ema, a quem presto a minha homenagem, muito mas muito exigente, competente, uma boa profissional mas que nos achávamos muito má e a dar negativas era um ás. Mas também vos posso dizer que nos exames as melhores notas eram as dos alunos dela. As aulas eram um suplicio mas o francês que hoje sei devo-o a ela. Enfim, e como ela havia mais. Recordo a D. Piedade da física e directora de ciclo que só o bater do tacão dos sapatos já nos fazia tremer. Lembro o DR. Costa Paz, sabedor, que exigia muito de nos no campo da física e quinica. Bons profs passaram por essa casa que marcaram as nossas vidas. Na altura custou muito mas hoje estamos gratos e recordamos as aulas com alegria e risos porque reconhecemos que eramos endiabrados e pregávamos partidas de meia-noite nas aulas. Bons tempos!

Era injusta se não referisse aqui a D. Maria Augusta , professora e matemática, sabedora, uma grande pegadora, uma boa amiga que ate conseguiu que muitos de nos não virássemos as costas a matemática. Para ela um grande beijo nosso e gratos pelos seus ensinamentos.

Claro esta que outros pela sua doçura, pelo seu trato, pela cumplicidade existente entre alunos e professores. Caito como exemplo o DR. Carrington que tinha um coração de ouro, a D Maria Emília Reis, a D. Maria Emília Tedim, o DR Arnaldo Pinto que tudo nos perdoava, muitos e muitos.

Já repararam que as professoras não eram tratadas por doutoras? Sabe-se la porquê.

Posso-vos dizer também algo de caracter pratico. Por exemplo, nós meninas, não subíamos esses degraus todos;a meio virávamos á direita porque era o lado feminino mas eu, no 1º e 3º anos fui de turma mista que era alvo de muita atenção. e não subíamos porquê? Para os rapazes não nos verem as perna e sempre de meias e saias compridinhas.

Para irmos ás aulas de física nos laboratórios atravessamos a cerca dos rapazes, escusado será dizer que nada de olhar para os lados e depois deles entrarem para as salas. Outros tempos...não sei se os melhores ou piores!

È com uma certa nostalgia que recordo esses tempos em que fazíamos do baile do enterro da gata e do 1º de Dezembro uma grande festa com bons bailes que contribuíram para os namoricos da época...porque do outro lado dos livros, dos exames e dessa casa também nos divertíamos á grande. Viviam-se muitas emoções ao mesmo tempo! Por isso mesmo há tanta saudade. Já estou a ser longa. Vou terminar desejando que este pequeno testemunho contribua para o enriquecimento do vosso projecto.


Votos de um bom trabalho e espero que atinjam os vossos objectivos.


Saudações amigas da

Professora Maria Elisa Marques Braga, 16 Fevereiro 2009

Antigo aluno e Professor do nosso Liceu

Dr.Joaquim Loureiro de Amorim

Joaquim Loureiro de Amorim foi aluno e professor do Liceu Sá de Miranda. Enquanto aluno frequentou o Liceu de 1959 - 66, de 1974 - 2007 exerceu o cargo de Professor de Química. Na altura em que era aluno no Liceu, frequentava a Alínea F, alínea correspondente ao curso de ciências( tinham 6 disciplinas).
O pai do Dr. Joaquim entrou para o Liceu em 1959 exercendo o cargo de Professor de Matemática; em 1969 era o novo Reitor do Liceu, após o 25 de Abril passou a ser Presidente do Conselho Executivo.

Obras (Dezembro)






















































Arquivo fotográfico



Ao longo do nosso trabalho, visitamos algumas exposições, nomeadamente a da casa dos crivos e da Igreja do Hospital de S. Marcos, onde conversámos com o cónego Macedo, fomos até a Biblioteca Municipal de Braga, à procura da informação existente… Em cima encontra-se um slide, com algumas fotos dessas visitas…

Conversa com o Sr. Eng. Mário Palmeira





Através da conversa com o Sr. Eng. Mário Palmeira, conseguimos provar que a nossa escola foi de facto Hospital (de quarentena), conseguimos elementos físicos que provam tal facto e descobrimos que o avô do senhor era o director geral do hospital. Esses elementos pode visualizar no slide acima deste texto.

Obras (Abril)
















Agradecimentos

Muitas pessoas nos ajudaram neste projecto. Os nossos agradecimentos para:
Dr Alberto Ferreira
Padre António Rodrigues
Arq Bernardo Távora
Drª Eulália Lima
Drª Fátima Costa
Drª Fátima Martins
Dr Joaquim Loureiro de Amorim
Dr Luís Cristóvam
Eng. Mário Palmeira
Dr Raul Rodrigues
e às funcionárias D. Palmira, D.Cristina,D. Luzia e Ana, e ao Sr. Luis, que nos entregavam os computadores e que nos ouviam as reclamações quando eles não funcionavam
e à D. São que nos arranjou sempre uma sala quando ficávamos sem local para trabalhar.
À Rita (funcionária do CE) que nos recebeu e nos ajudou sempre que necessitamos.

Arquivo