...contariam, de certeza, muitas histórias.
Mas como não falam, e não queremos que a memória da nossa Escola se perca, criamos este local onde todos são bem-vindos.
Esperamos que todos os que por aqui passaram (alunos, professores e funcionários) deixem qualquer coisa que nos ajude a construir esta memória e a manter a alma desta casa.
Área de Projecto 12º5 

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8.5.09

Hospital ou não?

Ao longo do ano o nosso grupo esteve a desenvolver um trabalho relacionado com a Gripe Pneumónica de 1918, tendo como principal objectivo saber se a escola Secundária Sá de Miranda, antigo Colégio Espírito Santo, serviu de Hospital nessa altura.
Durante o desenvolvimento do trabalho encontrámos várias informações em jornais da época, contactando pessoas com algum conhecimento sobre a Gripe de 1918, na Internet e no Registo Civil de Braga (este último forneceu-nos o número de falecimentos de cada mês do ano de 1918, o que permitiu a elaboração de estatísticas).
Como dissemos anteriormente, contactámos algumas pessoas com algum conhecimento sobre a Gripe Pneumónica de 1918, nomeadamente o Sr. Eduardo Pires de Oliveira, o Professor José Viriato Capela, o Dr. João Cunha, o Sr. Cónego Macedo e o Sr. Eng. Mário Palmeira. Com o depoimento de cada um verificámos que as informações divergiam.
Conhecemos o Sr. Eduardo Pires de Oliveira na Biblioteca Municipal de Braga, enquanto procurávamos informações nos jornais. Este explicou-nos que a nossa escola não serviu de hospital. Segundo o Sr. Eduardo o terreno onde se encontrava o último pavilhão da fábrica Pachancho estendia-se até ao cemitério de Braga e na altura era necessário construir um hospital fora do núcleo citadino, para as doenças contagiosas, então começaram a ser construídos pavilhões altos e arejados, porque na altura pensava-se que quanto mais arejado fosse o local menor era o risco de contágio, eram para ser construídos pavilhões para cada doença diferente, mas como a população revoltou-se devido ao facto de o hospital estar tão perto do cemitério, as construções foram interrompidas.
Ao Professor José Viriato Capela e ao Dr. João Cunha enviámos emails e cartas. O primeiro disse que não tinha informações úteis para nos fornecer relativamente à Gripe de 1918, o segundo não se deu ao trabalho de responder.
As informações que recolhemos na entrevista que fizemos ao Sr. Engenheiro Mário Palmeira foram muito importantes para o nosso trabalho. O Sr. Engenheiro trouxe consigo uma forte prova de como a nossa escola servira de Hospital na época de 1918, trouxe um o carimbo que havia sido utilizado pela nossa escola (enquanto hospital), não só na altura da gripe pneumónica, mas também no que diz respeito ao tifo exantemático. Este também nos disse que o seu avô, José Augusto Da Costa Palmeira, fora director do referido Hospital e que este existia já antes desta epidemia ter começado e que continuou a existir mesmo depois de ela ter terminado.
Pela pesquisa que fizemos nos jornais, “O Mundo” e “Comércio do Minho”, podemos averiguar que a epidemia começou a alastrar-se em Portugal por volta de Outubro/Novembro de 1918 e encontrámos, ainda, alguns artigos que ligavam a nossa escola, antigo Colégio Espírito Santo, à Gripe Pneumónica.
Com estes dados, podemos concluir que a nossa escola serviu de Hospital na altura da Gripe Pneumónica de 1918. Se tiverem curiosidade de conhecer todas as etapas do nosso trabalho, pode visualiza-las no seguinte site:
http://apg1.blogspot.com/

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Agradecimentos

Muitas pessoas nos ajudaram neste projecto. Os nossos agradecimentos para:
Dr Alberto Ferreira
Padre António Rodrigues
Arq Bernardo Távora
Drª Eulália Lima
Drª Fátima Costa
Drª Fátima Martins
Dr Joaquim Loureiro de Amorim
Dr Luís Cristóvam
Eng. Mário Palmeira
Dr Raul Rodrigues
e às funcionárias D. Palmira, D.Cristina,D. Luzia e Ana, e ao Sr. Luis, que nos entregavam os computadores e que nos ouviam as reclamações quando eles não funcionavam
e à D. São que nos arranjou sempre uma sala quando ficávamos sem local para trabalhar.
À Rita (funcionária do CE) que nos recebeu e nos ajudou sempre que necessitamos.

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